domingo, 22 de agosto de 2010

Um gesto que vale uma vida

O dia virá, eu sei. Em certo momento, um médico determinará que meu cérebro parou de funcionar e que a minha vida parou. Quando isso acontecer, não tente introduzir vida artificial em meu corpo pela utilização de uma máquina.
Em vez disso, dê a minha visão ao homem que nunca viu um nascer do Sol, o rosto de um bebê ou o amor nos olhos de uma mulher. Dê meu coração a uma pessoa cujo coração só causou intermináveis dias de dor. Deem meu sangue ao jovem que foi retirado dos destroços de seu carro, para que possa viver para ver seus netos brincar. Dê meus rins para quem depende de uma máquina para existir a partir de semana para semana. Tome meus ossos, cada músculo, cada fibra e nervo do meu corpo e encontrar a maneira de fazer uma criança aleijada andar.
Explore todos os cantos do meu cérebro. Pegue minhas células, se necessário, e deixe-as crescer de modo que, algum dia, um menino mudo possa gritar como a pontuação de sua equipe um gol e uma garota surda ouvirá o som da chuva contra sua janela.
Queime o que resta de mim e espalhe as cinzas ao vento para ajudar as flores crescem.
Se você realmente quiser enterrar alguma coisa, deixe-o ser minhas falhas, minhas fraquezas e todos os meus preconceitos contra meus semelhantes.
Deem meus pecados ao diabo. Dê a minha alma a Deus. Se você quiser lembrar de mim, fazê-lo com um tipo de ação ou palavra a alguém que precisa de você.
Se você fizer tudo o que eu pedi, eu viverei para sempre.

sábado, 14 de agosto de 2010

Apenas um desabafo

Só eu vejo o sentimento que sufoca meu coração, entristece minha alma e perturba minha mente.
Por dentro eu grito e choro como uma criança sendo torturada, mas por fora sou uma simples pessoa tentando disfarçar a realidade que vivo. Disfarço tão bem que poucos percebem.

Mais uma vez pensamentos tristes assombram meu ser. Há horas que dá vontade de desistir, deixar tudo pra trás e começar de novo, mas como começar de novo com um passado tão grande?
Há momentos em que os sonhos parecem ficar cada vez mais distantes ao invés de aproximar.
Daí me pergunto "Foi algo que eu fiz de errado?"; "Foi algo que eu deixei de fazer?";
A todo momento faço algo de errado, mesmo que inconsciente.
Uma vez ouvi em um filme que “o que você faz é o que o caracteriza como pessoa”. Mas e daí? Como classificar atos que se tornaram tão comuns em meio à sociedade? Certo seria algo que todos fazem ou seria fazer o que cada um ache que é certo (com seus próprios princípios)?
Quem será que pode responder a questões como estas? Qual seria o meu papel? Será que, céus, tenho um papel a fazer? Alguém sabe responder??

O silêncio da noite é meu refugio, sou uma criança perdida e triste. Já não sinto mais nada, somente medo. Mas medo do que??? Medo de mim mesmo??? Será medo de tentar ser o que na realidade abomino??
Não sei, hoje não procuro mais a felicidade, e sim a paz. Acho que isso vai me consolar, saber que não sou feliz, mas saber que tenho paz em minha vida. Paz e felicidade seriam bom juntas, mas me contento.

Como eu queria (nossa como queria) falar o que eu acho, mostrar o que eu quero, viver o que eu sonho... mas algumas coisas me confortam.

O primeiro passo foi dado, resta seguir andando, começar de novo, antes que eu mergulhe novamente em minhas próprias tentações , em meu próprio vicio.
Às vezes acho que sonho demais, acho que estou no caminho errado, porque acredito que meus sonhos são mais que sonhos, enquanto vivo em um profundo pesadelo.
Eu quero esquecer algumas coisa, mas como esquecer o que mais amo? Eu poderia simplesmente parar de amar, mas como? Pra isso eu teria que parar de respirar.

Hoje minha vida está um pouco sem brilho. Hoje sou o próprio retrato dela. Hoje vivo das lembranças de alguns momentos. Momentos bons, momentos inesquecíveis, momentos únicos, mas que são e somente serão momentos.

Estou em meu quarto, como sempre. Escrevendo, lendo, ouvindo e tocando a minha música.
Vivo nesse mundo onde somente eu existo, onde ninguém contempla das minhas dores, dos meus insignificantes momentos de dor, do meu desespero, da minha angústia.... e essa é a palavra certa: angústia. Acho q eu sou um bebê errático mesmo, não consigo dominar um simples sentimento.

Minha vontade é de pegar a estrada, uma bem silenciosa e caminhar sem parar, esperando a fome profundamente dentro de minha alma, que cresce mais forte, porque sei que sempre serei o mesmo ontem, hoje e amanhã. Minhas palavras e meus escritos já não fazem mais sentido. Não existo para mais ninguém, nem mesmo para mim.

Tenho a sensação de que mais dia, menos dia, irei enlouquecer. Não consigo escutar meu coração, e quando o escuto, não consigo entender o que ele diz. Às vezes penso que amo, outras vezes me encontro num vazio, num abismo. Ora estou feliz por ter alguém ao meu lado, já outrora me pego pensando se realmente mereço. Fico divagando e fazendo a mim mesmo muitas perguntas... Eu tenho muitas perguntas e pouquíssimas respostas. Estou mais uma vez ambíguo, confuso e assustado com esse turbilhão de dúvidas seguidas de sentimentos.

Sinto-me querendo voar, mas constato que não possuo asas. Já não sei como amar, não sei se realmente sei o que é amor ou o que é amar. E quanto mais eu busco me entender, mais perdido em mim mesmo eu fico. Tenho medo, estou preso com meu coração numa corda bamba. Sempre restam palavras que não foram ditas, e isso é o que dói mais, as palavras não ditas. As palavras que eu nunca vou ouvir, planos e sonhos que nunca vou saber... Estou tão fora de mim que essas palavras aqui escritas não fazem sentido e não têm lógica... Não sei se falo ou calo, se isso é o início ou o fim.

"A diferença entre minha alegria e tristeza, é que as alegrias são intensas, enquanto as tristezas são profundas."

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O que preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.

Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar na classe econômica e viu que estava ao lado de um passageiro negro. Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.

'Qual o problema, senhora?', pergunta a comissária.

'Não está vendo?' - respondeu a senhora - 'vocês me colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra cadeira'

'Por favor, acalme-se' - disse a aeromoça - 'infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível'.

A comissária se afasta e volta alguns minutos depois.

'Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe econômica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar na classe econômica. Temos apenas um lugar na primeira
classe'.

E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:

'Veja, é incomum que a nossa companhia permita à um passageiro da classe econômica se assentar na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável'.

E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:

'Portanto senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe..'

E todos os passageiros próximos que, estupefatos, assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Nada é impossível

O Impossível só existiu até o dia em

que inventaram a SUPERAÇÃO.

Provamos isso todos os dias:

Sobrevivemos a este mundo caótico!

Toda aquela inquietação que nos consome perante a solidão se

afasta, com o tempo nos acostumando com novos hábitos.

Depois, toda lembrança não se resumirá a dor, apenas passará.

Toda agonia de uma nova paixão será superada e será indiferente.

Basta apenas colocar em prática as experiências vivenciadas.

"Morrer é consequência, viver é arte, viver é superação."

(W.Damos)

Superação

Podemos passar inúmeras dificuldades, e ter de batalhar muito para alcançar certos objetivos e, ainda assim, morrermos na praia.
Podemos deixarmo-nos consumir pelo trabalho, e perder noites de sono ou deixar de passar finais de semana com a família apenas por que temos extrema necessidade de conseguir recursos para mantermos uma vida digna, ou amargarmos um período obscuro de desemprego.
Podemos assistir a injustiça bater à nossa porta e perceber, infelizmente, que em algumas ocasiões não há absolutamente nada a fazer.
Podemos chorar com o coração partido a perda da pessoa amada ou de um ente querido.
Podemos, por tanta coisa negativa que aconteça, julgarmos que tudo sempre dar errado conosco e maldizermos nossa sorte.
Depois de tudo isto até podemos deixar passar pela cabeça a estúpida idéia de fazer uma grande besteira consigo mesmo, desde que seja exatamente assim:que tal idéia passe – e nunca mais volte, por que a Vida é Superação!
Nós não nascemos andando, não nascemos falando, nem pensando tanta bobagem - e o que não podemos em hipótese alguma é perdermos o ânimo, o espírito, e nossa capacidade de amar, de se superar e de viver!

Não mais ..


Não choro mais ..

Na verdade, nem sequer entendo por que digo "mais" se não estou certo se alguma vez chorei.
Acho que sim, um dia, quando havia dor.
Agora só resta uma coisa seca.. por fora, talvez por dentro.

Nada de mágoa!

Mudei muito, e não preciso que acreditem na minha mudança para que eu tenha mudado.